Trecho de Le livre des chemins: contes de bon conseil pour questions secrètes

"Os contos são seres viventes. Evidentemente eu não tenho nenhuma prova. Pouco me importa. É uma convicção secreta mas eminentemente prática. É fato que os contos não deixam de dar respostas quando eu os conto. Isso é feito com bondade. Eles me ensinam coisas que eu jamais pensei. Eu tenho com eles uma relação feliz e simples por ter por eles amizade. Tu podes também entrar neste círculo de contos viventes, se quiseres. É simples. É necessário não mais que desejo, inocência e uma curiosidade desperta, sem a qual não é verdadeiramente possível a descoberta. É preciso confiança, não apenas por acreditar na minha palavra, mas por te dar a vontade de verificar por você mesmo que o conto é aqui e lá e que o conto te conhece tão bem por te murmurar em segredo as coisas verdadeiramente úteis em sua vida."

Com a visita tão querida da Marina, amiga que agora está morando na França, pude conhecer esse trecho do Le livre des chemins: contes de bon conseil pour questions secrètes (O livro dos caminhos: contos de bom conselho para questões secretas) de Henri Gougaud. Ele estava na estante desde que, em estado de encantamento com sabedoria de Hassane Kouyaté, contador de histórias pertencente à uma linhagem de Dieli (griô) conhecida desde o século XIII, o encomendei, por sua indicação, na livraria cultura. É maravilhoso.

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